17º Dia – 5 de fevereiro


Hoje pudemos escolher entre ir para Varadero ou Havana. Como já conheci a praia do Carie e não vim a turismo fui para a cidade e ojala foi o melhor dia e cansativo também. Eu e Saulo fomos a casa de Natasha entregar uns presentes que o amigo do Saulo mandou para ela e sua família. É um apartamento num conjunto habitacional, mas muito mais espaçoso que os do Brasil.  

Começamos a conversar e Michel me explicou como são as taxas de água, luz e telefone e até mostrou a conta. As três juntas ficam em torno de 150 pesos nacionais, cerca de 6 dólares. A casa é muito bonita com home teather, TV grande, duas geladeiras na cozinha. Ele conseguiu trazendo da Argélia onde serviu por dois anos. Na casa moram quatro pessoas e três trabalham. Ana (mãe) é professora, Michel é fisioterapeuta e Natasha trabalha no Ministério das Relações Exteriores. Isso me convenceu de que os cubanos trabalhadores e que estão lado a lado da Revolução tem um melhor padrão de vida e merecido.

Michel nos deu uma aula sobre os problemas da Ilha desde as casas até o transporte público. Ele e Ana estão confiantes de que Raul está levando Cuba no caminho certo e que só agora o país está sendo motivado 100%a produzir e não esperar tudo sentado como na época da URSS. A Ana me deu alguns exemplos de como naquela época Cuba importava cebola e frutas da URSS e que atualmente o caminho é produzir de tudo já que á terra em Cuba é fértil. Para ambos se o projeto de liniamentos foi seguido a risca será ótimo.

Um dos grandes problemas enfrentados pelas habitações são os furações que acabam esgotando as matérias primas que seriam necessárias para a construção e são usadas para reforma. Segundo Michel o maior parceiro de Cuba é a Venezuela que além de fornecer petróleo, emprega muitos cubanos e uma parte do salário vai para o governo.

Ele nos deu exemplo de que aqui a punição funciona e citou um caso de um ex-ministro que ainda está preso por desvio de recursos. Michel também salientou o que Jobel havia divo sobre a Revolução Energética e mais: explicou que foram construídas várias plantas de energia e quando uma está extrapolando outra é ligada e assim por diante para haver equilíbrio.

Sobre o judiciário explicaram que os juízes são eleitos por concurso e há julgamentos com civil escolhidos por bons exemplos, semelhante ao nosso júri.

Ana contou que quando foi assaltada, graças a eficiência da polícia e as testemunhas, três dias depois ela fez o reconhecimento do criminoso que era menor de idade e por ser reincidente pegou oito anos de prisão. Ela contou que no primeiro delito a punição é leve, praticamente uma advertência, mas quando volta a cometer o delito a punição já é mais pesada.

Sobre o turismo, Michel reconheceu que é grande e lembrou que Fidel não concordava com a volta do turismo e dizia que com isso vem uma “cauda” inevitável de drogas, corrupção e prostituição, e por isso os cubanos(as) no começo da volta do turismo não frequentavam hotéis.

Michel é o primeiro cubano que conheci que tem carro. Ele comprou depois que voltou da Argélia. O governo beneficiou-o com 4 mil dólares e uma licença para comprar o carro. Segundo ele, no mercado daqui sairia 25 mil CUCs (dólares). Ana explicou que geralmente os carros são um “presente” para médicos, professores, militares, etc, ou seja, para quem quer fazer a Revolução seguir triunfando.

Já de volta ao acampamento, a noite conversando com os motoristas, Roberto me contou que as crianças quando escolhem fazer algum tipo de esporte com equipamentos caros ou de música ganham os mesmos sem custo algum.

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