8º dia em Cuba

Como todos os dias têm sido hoje já começou com um ótimo motivo para ser especial. Nesse dia 28 de fevereiro comemora-se o aniversário de José Martí (1853-1895). Ele foi e é o principal idealizador da independência cubana, tanto em cima dos espanhóis como dos norte americanos que viriam depois. Ele lutou na Segunda Guerra de Independência cubana e morreu quatro anos antes da vitória em cima dos espanhóis, mas depois Cuba foi dominada pelos norte americanos, como previa Martí, e a independência total só veio com Fidel Castro. Uma coisa muito importante, mas que não é escrita nos livros e jornais é que José Martí é/era maçom. 

Loja maçonica próxima a Caimito, há 54km de Havana
 
A maçonaria nunca foi proibida em Cuba o que mostra o caratér democrático do país. No Exercito Revolucionário 26 de julho que conquistou a Revolução tinham maçons fazendo parte, até por isso a maçonaria sempre foi livre em Cuba e segue forte até hoje com mais de 50 lojas espalhadas pelo país e todas legalizadas com o orgão supremo da maçonaria que fica na Inglaterra. Em Havana há um prédio (um dos maiores da cidade) que é da maçonaria e das instituições paramaçônicas, como a AJEF (Associação de Juventude Esperança da Fraternidade), muito parecida com a Ordem Demolay, e que foi criada em Cuba no ano de 1936. A Ordem Demolay veio a existir com Frank Sherman Land em 1919 nos EUA. 



Grande Loja de Cuba, em Havana, onde também é a sede da AJEF


Grande de Loja de Cuba, em Havana

Por sinal Fidel sempre citou frases e pensamentos de José Martí em toda sua vida de revolucionária. No começo do dia teve uma cerimônia em homenagem a Martí. Em diversas instituições de Cuba há o busto de José Martí e nessa ocasião foram colocados buques de flores ao som do hino nacional de Cuba e palavras de um dos coordenadores da brigada, do prefeito da cidade e um texto escrito por alguns brigadistas e lido por um deles. 


Junto ao busto de José Martí no acampamento em Caimito, há 54km de Havana

Depois tomamos o café da manhã e fomos as atividades do dia que confesso era um dos dias mais esperados, pois fomos conhecer o famoso mar do Caribe. No caminho passamos por pontes construídas em cima do oceano e eram de rochas empilhadas. 

A ponte construída em cima de rochas empilhadas que liga as ilhas de Cuba

O nível do mar lá é baixo, pouca alteração e poucas ondas, por isso a escolha dessa engenharia e estava em perfeitas condições. Antes de chegar ao pólo turístico Jardins do Rei, que conta com hotéis e restaurantes pertinho da praia, paramos no restaurante “La Guira” para almoçar. 

Amigos(as) que fiz na brigada durante almoço no restaurante "La Guira"
No cardápio só vou citar o porco inteiro assado para comermos e nem preciso dizer tudo estava uma delícia. O local era simples, bonito e almoço ao ar livre embaixo de arvores para não fritar no sol. Após a refeição fomos até a praia e que maravilha. Estávamos na “Playa Del Coco”, uma praia bem selvagem, sem casas, apenas com alguns quiosques. O mato chega até perto da areia, uma areia branca, a mais clara que já vi. A água parecia uma infinita piscina e mais reluzente por causa do sol caribenho. As pedras e conchas eram muito brancas também, o que deu um ar angelical para a praia e quem é cristão se sentiria no céu. 

Vista panorâmica da Playa del Coco
Windsurf na Playa del Coco em Cuba

Entrei no mar e praticamente sem onda fui caminhando até o fundo que não chegava nunca porque o nível lá altera pouco. Facilmente eu podia ver meus pés de tão clara é a água. Foi uma festa só. Tinha um professor cubano de windsurf praticando o esporte bem perto da gente, rolou até capoeira com os uruguaios e argentinos. Nem queríamos sair dali e quando já estava praticamente escuro tivemos que ir embora. Mais festa dentro do ônibus relembrando diversos sambas e o rum não acabava nunca, não sei de onde saía. Ao chegar ao hotel tomei um bom banho, jantei e fui continuar a festa na beira da piscina com uma “balada” organizada pelo hotel. Salientando que os cubanos não hospedados no hotel podiam entrar tranquilamente para curtir e foi isso que aconteceu. Coisa inimaginável num hotel no Brasil. Uma pessoa que não está hospedada entrar numa boa e curtir assim livremente.   

Um comentário:

  1. E o grito de guerra ao chegar na praia "PQP tô no Caribe e minha mãe tá no Brasil" kkkkkkkk... Foi incrível mesmo...

    Aqui no Brasil, como na maior parte do mundo, é assim, o curtir está intimamente ligado ao consumir, infelizmente!

    ResponderExcluir